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Cresce participação das mulheres em profissões tidas como masculinas
Segundo o último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu 7,5%, enquanto a dos homens foi de 6,6%

Já foi o tempo em que mulher trabalhando como motorista, estivadora ou mestre de construção civil causava algum choque na sociedade. Até em esportes antes tipicamente masculinos, elas estão conseguindo romper o preconceito e garantir um lugar de destaque. Basta observar o exemplo da jogadora de futebol Marta, que já foi eleita três vezes a melhor do mundo. Mas engana-se quem acredita que esse espaço foi alcançado rápida e facilmente.

Foram anos de luta até a conquista de um lugar no mercado de trabalho. É bem verdade que a história já registrava a participação feminina em vários setores da economia, mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial que elas se firmaram como uma importante força de trabalho. Afinal, com a Europa praticamente rendida às forças alemãs e com grande parte do contingente masculino lutando fora de seus países, coube às mulheres tomar o lugar dos homens nas fábricas e estaleiros. Como a indústria bélica não podia parar, em muitos países foram elas que construíram peças para tanques, armas e aviões.

Agora que conheciam sua importância, nem mesmo o fim da guerra seria capaz de colocar as mulheres novamente em segundo plano. E essa expectativa se confirmou. Tanto que o último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao ano de 2007, mostrou que a participação feminina no mercado de trabalho formal brasileiro cresceu 7,5%, enquanto a masculina foi de 6,6%. Dentro desse crescimento o destaque foi para profissões que exigem nível superior completo. Em termos absolutos, as mulheres ocuparam 394,3 mil postos (+12,88%) com formação universitária, valor 130% superior às 171,6 mil vagas (+7,78%) preenchidas pelos homens.

Elas fazem o que eles fazem - Nem mesmo o céu é o limite para elas. Cada vez mais as mulheres trocam a carreira de comissária de bordo para assumir o comando, como a piloto de helicóptero Carine Lage Ribeiro. "Quando eu estava terminando o segundo grau e na fase de escolher a profissão, a única coisa que eu tinha certeza era que eu queria viajar, então fiz o curso de comissária de bordo. Mas no curso a gente aprende muita noção de voo e foi aí que descobri que eu queria mesmo era ser piloto", lembra.

Mas a decisão não foi fácil. "Sofri muito preconceito por ser mulher. Teve um diretor da escola (de voo) que começou a rir de mim quando disse que queria ser piloto. Quando falei que já era comissária ele riu ainda mais e disse que eu não ia conseguir. Na hora fiquei revoltada, mas não desisti. Saí e procurei outra escola", conta Carine que hoje é co-pilota da BHS (Brazilian Helicopter Service) e faz transporte de passageiros e materiais para as plataformas da Petrobras.

Se no ar o preconceito ainda existe, imagine dentro do campo de futebol, lugar tipicamente "deles". Mais difícil ainda é quando ao invés de jogar, a mulher entra em campo para observar as regras e influenciar diretamente no andamento da partida. É essa complicada missão que Michelle Sales tomou para si. Árbitra assistente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e árbitra federada pelo Distrito Federal, ela vive uma dupla jornada para poder realizar esse sonho. "De segunda a sexta eu leciono para crianças especiais de 1ª a 4ª série, pela Secretaria de Educação do DF, e nos fins de semana eu atuo como árbitra", conta.

Decidida a entrar em campo ela deixa de lado até mesmo o preconceito da mãe, que não entende como a filha se identifica com a profissão. "Eu nunca fui uma torcedora comum, que só gritava pelo time. Na verdade eu ficava prestando atenção era na dinâmica do jogo. Desde pequena eu sempre gostei muito de futebol, mas a minha mãe dizia que era 'coisa de menino'. Então eu cresci, conquistei minha independência e fiz o curso para árbitro", brinca. Porém, mesmo depois de atuar em mais de 250 jogos Michelle ainda guarda um segredo. "A minha mãe sabe que trabalho como árbitra, mas ela não faz nem idéia que já participei de tantos jogos assim, prefiro não falar", completa ao lembrar que ainda não contou para a mãe que a filha de 7 anos também está jogando bola.

O avanço das mulheres no mercado de trabalho não poupa nem mesmo as áreas mais conservadoras, como a carreira militar. Basta observar a história da major Hilda Silva que, atualmente, ocupa o terceiro posto mais alto da Polícia Militar do Distrito Federal. "Eu entrei na primeira turma de mulheres da corporação. Como éramos as primeiras, não havia diferenciação de atividades, então nós fazíamos o mesmo treinamento que os homens; o que era muito bom, pois nunca tinhamos rotina", lembra.

Foram 25 anos até chegar ao posto que ocupa hoje e, nesse caminho, Hilda conta que também teve que atuar na rua. "Fazíamos tudo que os homens faziam inclusive as patrulhas da cidade. Éramos três mulheres dentro de uma viatura. Naquela época era a novidade da cidade", se diverte lembrando.

fonte: Ministério do Trabalho e Emprego


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