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Pessuti, o “homem cordial”

O brasileiro, fruto da miscigenação entre portugueses, índios e negros, é, por essência, o “ho­­mem cordial” de que nos fala Sérgio Buarque de Holanda. O sangue italiano que corre nas veias de Orlando Pessuti nunca tirou dele o epíteto criado pelo autor do clássico Raízes do Brasil. Sim, Pessuti sempre foi conhecido como homem cordial, mas naquele significado mais comum que o povo empresta à expressão – isto é, o homem gentil, de trato afável e carinhoso.

Buarque de Holanda não aplicava o mesmo sentido à definição que dera ao homem brasileiro. Cordial, dizia ele, vem de cor, cordis – coração, em latim – e retrata não o homem necessariamente gentil, mas o que é movido pelos instintos do coração, da emoção. Pois o governador Orlando Pessuti tem demonstrado que se qualifica perfeitamente também a essas origens mais profundas, etimológicas e antropológicas da expressão. Não é o homem gentil que todos conhecem, mas o visceral que se revela.

E se revela como? Agindo com o o emotivo que, vendo-se contrafeito com o comportamento crítico e ácido do antecessor, o ex-governador Roberto Requião, investe os meios de que dispõe agora que está no exercício pleno do poder.

Pois ontem Pessuti deu mais uma prova dessa disposição de ser cordial na acepção de Buarque de Holanda ao demitir o presidente da Sanepar, Stenio Jacob, um dos poucos requianistas de quatro costados que ainda sobreviviam à era pós-Requião. A demissão de Jacob se deu menos de uma semana após o afastamento de outro conhecido requianista, o advogado Samuel Gomes, da presidência da Ferroeste. E também da do chefe da Casa Militar, coronel Washington Rosa. É conhecido também um listão de nomes que já foram ou serão alvo de expurgo, dentre os quais se incluem a mulher de Requião, Maristela, diretora do Museu Oscar Nie­­­meyer, e da irmã, Lúcia, da presidência do Provopar. Falta pouco para que isto aconteça.

A “cordialidade” do governador adentra o campo político-eleitoral. Embora Requião seja candidato a senador na chapa de Osmar Dias, que ele não só apoia como foi responsável por sua viabilização, Pessuti declara que seu primeiro voto será de Gleisi Hoffmann e o segundo, insinua, de Gustavo Fruet, candidato na chapa adversária de Beto Richa. Nos discursos, como ocorreu ainda anteontem no Clube Con­­córdia, na presença de Dilma Rousseff, Pessuti nem sequer cita o nome de Requião, para visível desgosto deste.

A substituição na Sanepar

Stenio Jacob sabia que a qualquer momento poderia perder a presidência da Sanepar, mas surpreendeu-se ao tomar conhecimento da decisão do governador Orlando Pessuti apenas duas horas antes de receber oficialmente o bilhete azul. A comunicação foi feita pelo pro­­­curador-geral do Estado, Marco Antonio Berberi, presidente do Conselho de Administração da companhia, que leu o ofício assinado pelo governador na abertura da reunião realizada às 14 horas. Afas­­­tada também foi a diretora de Meio Ambiente, Arlete Rosa. No mesmo ofício constava o nome do substituto de Stenio, o até então diretor financeiro Hudson Calef. Calef, logo após a reunião, teria dado continuidade à “obra”, afastando gerentes da Sanepar suspeitos de ajudar a campanha tucana de Beto Richa.

Fonte: Gazeta do Povo -
coluna opinião Celso Nascimento

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